Anna estava percebendo que ela estava mudando e, com isso, vindo vários pensamentos à tona. Tipo: como colocar
em
palavras uma coisa que sentia no seu coração? Algo se abria em seu
peito...
Mudanças, muitas, mas vinda de dentro e não de fora. A sensação nunca
sentida dessa forma por ela, obviamente, a deixando confusa e
introspectiva, e com a esperança de si mesma, cedo ou tarde, ter um
maior entendimento desse sentimento.
Talvez ela devesse
falar para alguém... Mas, o quê? O quê? Não sabia o quê exatamente. Mas
tinha certeza, essa transformação é algo muito bom, mesmo lhe trazendo
sentimentos sem
nomes e desconhecidos. A questão era: tinha que trazer algo para
superfície? Devia falar para alguém especial? Afinal, ela era a senhora
de retardar ações que mexiam
com os sentimentos dos outros... Sim, ela mesmo admitia: ela fugia de
mostrar sua força,
sabedoria, ou algum tipo de “comando”. Sim, ela sabendo disso tentava
ao máximo evitar essa maldita fuga.
O que mexia tanto
com Anna, talvez devesse ser repassado para aqueles que estão com
problemas, porém que ela ainda não tivesse feito nada a respeito,
porque demora enxergar essas coisas. Talvez fossem memórias que
estão se arranjando para vir à tona quando assim forem mandadas, mas não
estão
nem mais numa parte profunda do seu consciente, porém nem na superfície.
Sim,
isso seria também um bom motivo para tudo isso...
Mas uma coisa ela tinha: a certeza de que estava seguindo aquilo planejado por seu coração. E, o melhor que se faz é ouvir o coração.
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