segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Start


Depois de meses sem contato algum, ele manda uma mensagem durante a madrugada e você responde. Pronto: Start. E o jogo inicia.

Vocês vão, não vão, se perdem e acabam voltando. Ele vasculha suas fotos e mural no Facebook, mas não deixa recado.

Será que você não significa nada ?Ou melhor, o que você significa pra ele ?

E assim criou-se aquilo que chamo de “romance de saída de emergência”. É um relacionamento que pode ser que conheça paz, harmonia e calma, mas adora crises e cresce com a possibilidade do fim.

Quando estão perto de romper em definitivo, as juras são renovadas e alimentam a ilusão de que o relacionamento engatou de vez.

Em seguida, com a estabilidade, a convivência, retoma o batimento e voltam a provocar um ao outro por uma nova declaração e picos de audiência cardíaca.

Ele ama você, mas não ama a vida que pode ter com você.

Ele ama você, mas odeia estar amando.

Compreende o amor como uma maldição, uma pegadinha do destino. Pretende ficar próximo, mas rejeita o cenário de simbiose e dependência.

Confia que o amor é uma fragilidade a ser evitada. Atrapalhará sua liberdade de ir e vir, prejudicará os negócios e o desempenho profissional.

O amor é uma espécie de inimigo insaciável, a exigir disponibilidade para gentilezas, mimos e cuidados.

Ele experimenta a seguinte crise: não vai embora de vez e também não se entrega. Procura se livrar do amor, mas não da sua companhia.

Isso certamente explica a vigília em silêncio (vasculhando o Facebook) e a natural resignação diante dos adiamentos de compromisso e promessas quebradas.

Se eu fosse você não construiria a minha vida para chamá-lo de volta. Não mudaria os hábitos ou encararia viagens loucas para atrair o desespero dele. É você quem vai sofrer mais.

Siga em frente como você fez da última vez, você sabe que é capaz disso. Só precisa de um tempo.

Se dê esse tempo.

Você é bem mais do que ele pensa.

E ele não pode ser metade do que você é, sabe por quê? Ele não é inteiro.

 

P.S. Você = EU.





[Ouvindo: Vulgue Tostoi - Ela pediu paz]

terça-feira, 10 de julho de 2012

Desistir ou Insistir ???

Com a maioria de nós, alguma vez na vida, já aconteceu de começar uma relação, sentir-se envolvido e satisfeito com muitas coisas, mas... (e quando tem o “mas...” é porque alguma coisa precisa ser cuidada!).

Acontece que, paralelamente aos pontos positivos, percebemos diferenças gritantes, ritmos desencontrados e, frequentemente, nos pegamos com desejos adversos. Num dia tá tudo bem; no seguinte, as atitudes (ou as palavras) do outro nos deixam inseguros e confusos.

Numa hora parece que ele quer; na outra, parece que não muito. Às vezes, parece que se importa; noutras, a sensação é de que ‘tanto faz’. A gente quase conclui que não sabe com quem está lidando, pois os detalhes e as entrelinhas da relação vão desenhando uma personalidade que chega a ser contraditória em muitos momentos.

Daí vem a dúvida: insistir ou desistir? Se insistirmos, a tendência é nos envolvermos mais e mais e a previsão parece certa: decepções e frustrações cada vez mais recorrentes. Se desistirmos, o que resta é a interrogação: seria apenas uma questão de tempo? Será que, com o passar dos dias, o outro terminaria se envolvendo na mesma medida que a gente?
Há quem afirme que as pessoas não mudam. Outros, no entanto, apostam que o amor é capaz de promover grandes transformações.  

Sinceramente? Não acredito em generalizações e, particularmente, prefiro acreditar que cada pessoa é única. Há quem realmente nunca mude, especialmente porque não quer mudar! E há quem se deixe transformar por conta dos sentimentos, especialmente porque quer ser transformado.

Portanto, como sempre, creio que o melhor seja olhar para dentro. Deixar a decisão na mão do outro é como andar à deriva, sem saber para onde está indo. Por algum tempo, esta pode até ser a melhor opção, para que você possa perceber melhor seus sentimentos e o que deseja fazer; mas chegará o momento em que terá de assumir a direção e traçar a sua rota.

Sem falar que ‘insistir’ ou ‘desistir’ são duas opções extremas. Entre elas, há algumas outras possibilidades. Insistir um pouco menos. Desistir um pouco mais. Nesta mesma medida, invista em você: saia com os amigos, olhe ao redor, perceba que a vida também tem seu próprio ritmo, sábio por sinal.

E chegará o dia em que a verdade prevalecerá: quando um não quer, dois não podem ficar juntos. E quando um quer mais e o outro quer menos, é hora de tomar a tão importante decisão – insistir ou desistir. E aí, a conversa é entre você e seu coração... e mais ninguém !!!





[Ouvindo: Jason Mraz - I wont give up]

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Maturidade

Como diz minha mãe: "Coração é terra que ninguém anda e nem manda".

Me esforcei pra esquecer, nesse esforço, mais lembrava.

Me esforcei pra tentar outra coisa mas, não adianta, quando você (eu) tem uma certeza em mente ou melhor, uma certeza no coração, não tem jeito.

Me esforcei pra seguir em frente mas, querendo ou não, sempre tem alguma coisa me puxando para trás. E voltar atrás não quer dizer necessariamente coisa ruim.

Tive momentos muitos bons no passado, conheci ótimas pessoas e por que e pra quê esquecê-los?

Não mesmo.

Se puder voltar a viver o que já vivi, seria ótimo, excelente mas, tenho certeza que será com mais maturidade, com as mesmas pessoas mas, com atitudes diferentes.

E o melhor de tudo: com os mesmos sentimentos.

:D

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Deixa estar


 
" Você tem medo de se apaixonar. Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez. Medo de sacrificar a amizade. Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros. Medo se o telefone toca, se o telefone não toca.

Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa. Medo de inv...entar desculpa para se ver livre do medo. Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção. Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas. Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen, de ser tragada como se fosse leve.

Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida. Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar. Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer. Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta. Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso, medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer, talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia.

Medo do imprevisível que foi planejado. Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue. Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo. O corpo mais lado da fraqueza. Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado. Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente. Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam. Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo, que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado.

Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele. Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas. Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar, que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz. Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa, recolhida como se fosse paz. Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas.

Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer. Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção. Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas. Medo de que ele não precise de você. Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério quando faz uma brincadeira. Medo do cheiro dos travesseiros. Medo do cheiro das roupas. Medo do cheiro nos cabelos. Medo de não respirar sem recuar. Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo. Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego.

Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade. Medo de não soltar as pernas das pernas dele. Medo de soltar as pernas das pernas dele. Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir. Medo da vergonha que vem junto da sinceridade. Medo da perfeição que não interessa. Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida. Medo de estragar a felicidade por não merecê-la. Medo de não mastigar a felicidade por respeito.

Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la. Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar. Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou. Medo de faltar as aulas e mentir como foram. Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto, do convívio sem alguém para se mostrar. Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha. Você tem medo de já estar apaixonada. "




Fabrício Carpinejar







[Ouvindo: Esteban Tavares - Sophia]

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Sem mais ... Parte 2



Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,

é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...


Saudade é o inferno dos que perderam,

é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:

aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:

não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
 

Pablo Neruda






[Ouvindo: Adele - Set fire to the rain]



" Me iluminei "



Cansada de ouvir todo mundo dizer que depois da yoga você se torna uma pessoa muito mais feliz, resolvi arriscar.

Entrei na sala e, com toda a humildade que eu não tenho, avisei: a última vez que eu fiz yoga na vida foi com uns velhinhos no SESI há mais ou menos 10 anos.

A professora estava concentrada trabalhando pela energia da sala e não me deu muita atenção. Enquanto ela inchava e desinchava seu abdômen, de uma maneira que se eu fizesse provavelmente descolaria minha barriga, eu reparei em duas coisas que, automaticamente, começaram a me fazer espirrar: gatos, cobertores de lã e incensos por todo o lado.

Ela finalmente se levantou, olhou fundo nos meus olhos irritados pela alergia e disse, como quem diz a coisa mais simples do mundo: não se preocupe, por hora só o que você precisa fazer é um sukasana ou, se preferir, um siddhasana. Agora, se você tiver um bom alongamento, pode tentar também o padmasana. Sim?

Eu fiz um longo “sim” com a cabeça e assim permaneci por mais dez minutos. A única coisa, de tudo o que ela havia dito, que eu sabia fazer, era o tal do “sim”.

Os outros alunos se exibiam fazendo posturas estranhas em que os pés eram substituídos pelas mãos, a cabeça pela bunda, o joelho pelos braços, o queixo pelo cóccix e vice-versa. Não me perguntem o que isso quer dizer.

Comigo o tratamento era diferenciado.

Isso ficou claro quando ela mandou todos os alunos ficarem em virabhadrasana enquanto eu ficava em adhomukha svanasana. Ela se aproximou e me disse baixinho: enquanto eles fazem o herói, você faz o cachorro olhando pra baixo, ok?

Até aí tudo bem, sem problemas, eu estava mesmo em um dia mais “cabisbaixo”. Mas todo mundo sabe, na história dessa coisa chamada humanidade, que cachorros e gatos não se dão muito bem.

Para o meu desespero canino, tive de ficar com o focinho enfiado nas costas da gata mais felpuda da escola por longos e infinitos três segundos.

Não me lembro ao certo, mas acho que tive uma série de espirros digna de entrar para o Guinnes. Com direito a coçadas animalescas no nariz e mucos nasais de diferentes consistências espirrados na minha “mat” (a esteirinha que você compra para a prática).

A professora agora queria despertar a nossa kundalini e, para isso, tínhamos que fazer uma série de pranayamas que iam nos esquentar por dentro.

Fiquei com medo… esquentar por dentro com essa palavra estranha que começa com “cu”… só o que me faltava agora era aquele bando de gente zen começar a peidar.

O exercício consistia em inspirar fundo e expirar rapidamente e com muita força pelo nariz, como se todo mundo resolvesse assoar ranhos ao mesmo tempo, um na nuca do outro.

Eu, que já estava completamente entupida por causa da rinite, achei melhor não arriscar. Fiquei com a minha kundalini adormecida mesmo, mais seguro.

Vendo todos os meus embaraços e minha falta de flexibilidade, os alunos começaram a comentar: “aquela ali tem o corpo escuro”. Fiquei me perguntando o que exatamente significava isso.

Será que todos eles eram iluminados por dentro e só eu vivia nesse templo esquecido e mórbido chamado espírito? Será que eu tinha me cagado fazendo tanta força? Será que minha aura estava poluída? Será que em pleno século XXI as pessoas ainda são racistas com quem tem o corpo escuro?

Momento de relaxar, esse devia ser fácil. Eu apenas tinha que fechar os olhos e lembrar de alguma coisa muito boa. A mestra ainda deu as dicas: cachoeiras, montanhas, praias…

Só o que eu conseguia pensar era em dar na cachoeira para um morenão bem forte, no alto de uma montanha para outro morenão bem forte e numa praia deserta para os dois morenões bem fortes das primeiras visões. Isso não ia dar certo.

Será que eu nunca ia ser uma pessoa zen? Bom, eu já era zen dinheiro, zen namorado, zen saco e zen paciência.

Minha suruba praiana foi interrompida por um novo exercício.

Cada aluno deveria dizer agora o que estava “jogando fora” para merecer os benefícios daquela incrível energia budista desprendida de bens materiais, afinal “dessa vida não se leva nada, mas se eleva o espírito”.

A japonesinha atrás de mim jogou fora a casa na praia. O fortão, a sua moto nova. As irmãs gêmeas, todas as roupas que elas tinham no armário. A senhorinha na minha frente, todo o dinheiro que ela tinha no banco. E eu só conseguia pensar em levar o lixo da escola embora com tudo o que os outros tinham jogado nele.

Agora, munida de um longo cinto, minha tarefa era amarrar meus pés, minha cintura e meus braços de uma só vez. A professora garantiu que era um passaporte para o céu.

Ótimo, como eu tava precisando mesmo sair correndo dali, o céu era um bom lugar para ir. Me amarrei toda. Na hora em que ela mandou desfazer a posição, eu realmente fui para o céu… mas isso não lhe parece meio óbvio?

Ao final de um período longo de sofrimento, todo mundo é feliz. Mas pelo menos o exercício do aperta-espreme tinha servido para eu liberar a minha kundalini, a quantidade de gases que eu tinha no corpo era surreal.

O final da aula tinha chegado. Ufa! O último exercício era muito simples, ridículo de fácil: eu só teria que plantar uma bananeira sem me apoiar em nada.

Olhei para os outros alunos buscando um momento de cumplicidade do tipo “essa mulher tá louca”, mas eu era mesmo um ser solitário naquele lugar: todo mundo já estava de pernas para o ar.

Só a capricorniana aqui amava mais do que tudo os pés bem firmes no solo e estava em pânico.

A professora olhou pra mim, dessa vez com um pouquinho de compaixão (finalmente!) e disse: “se concentra no Krishna Das que você consegue.”

Eu não fazia a menor idéia de quem era esse cara, mas me concentrei nele, repetindo esse nome mentalmente mais de mil vezes. Enquanto eu repetia, ela levantava as minhas pernas.

Todos os outros alunos repetiam incessantemente um mantra que dizia “Milu Minei”. Fiquei horas me indagando quem seria agora o tal do “Milu”, tantos nomes novos! Era um novo mundo! Eu precisava estudar.

Eu já estava quase totalmente de ponta-cabeça quando percebi que minhas mãos suavam muito e que a qualquer momento eu poderia escorregar daquele mat cheio de mucos nasais.

Conclusão: na primeira aula de yoga, consegui plantar uma bananeira diga de principiante, toda torta, com medo extremo de cair e medo maior ainda de ter tirado os pés do chão.

Só depois descobri que Krishna Das era o cantor do CD que tava tocando durante a aula. Uma espécie de Rei Roberto Carlos para os iogues. E que o mantra, na verdade, era “me iluminei”.

Pode parecer besta mas, havia me iluminado mesmo.

E quando finalmente saí dali, eu não tive dúvidas: era a pessoa mais plena do mundo.

=D





[Ouvindo: Tiago Iorc - Nothing but a song]


domingo, 22 de abril de 2012

Solte os nós ;)

Se eu soubesse de uma fórmula simples e prática para retirar a expectativa com relação às pessoas da sua vida, eu tiraria agora. Mentira, tiraria de mim e depois tiraria de você.

Expectativas são como ácido sulfúrico na pele: rói, corrói, sem respeito ou limite algum.

Parafraseando Tati Bernardi, expectativas geram ansiedade, que gera gastrite, que acaba com seu estômago, sono…

Se eu soubesse como fazer seu dia e vida independente da atitude dos outros, eu te ensinaria. Me ensinaria. Te ensinaria a não esperar atitudes boas porque você é (ou se acha) alguém do bem.

Te ensinaria a não esperar que todas as pessoas sejam boas com você. Te ensinaria a sorrir sem esperar bons motivos para isso.

Ensinaria a não esperar que aquele cara legal prolongue seu namoro/rolo só porque você acha tudo maravilhoso. Ensinaria que as pessoas não são iguais e por assim o ser, não reagem igualmente.

Te ensinaria que não é porque você é honesto que serão com você. E te contaria por fim que a vida dá sim voltas, mas que nem sempre é como ou no tempo que queremos.

Te diria pra não viverem função de nenhuma vingança ou pra ver alguém que te derrubar ou cair.

Além das pessoas, o tempo e a vida também são traiçoeiras.

Te diria e ensinaria muita coisa, se soubesse. Como não sei, deixo aqui pra você um conselho simples: ao invés de plantar expectativas, plante “atitudes”.

Semeie um futuro que dependa somente de você. O arroz não nasce porque alguma terra mereceu, ele nasce porque foi plantado. Então, siga o conselho da sua mãe, ou avó: plante o que quer colher.

Embora eu te lembre agora, sei que você se dará conta disso quando estiver próximo do fim, mas no entanto, lembre-se “A vida é curta demais pra vivê-la em função de algo ou alguém.”

Viva por você, faça por você e colha a satisfação de viver de bem consigo mesma. Solte os nós, os seus nós e ande enfim sem nenhum laço de expectativa te atando os pés e revirando o estômago.



=D


[Ouvindo: Calvin Harris - Feel so close]

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Abra os olhos e a mente

" Se um homem quer você, nada pode mantê-lo longe. Se ele não te quer, nada pode fazê-lo ficar.
Pare de dar desculpas (de arranjar justificativas) para um homem e seu comportamento.
Permita que sua intuição (ou espírito) te proteja das mágoas.

Para de tentar se modificar para uma relação que não tem que acontecer. Mais devagar é melhor.
Nunca dedique sua vida a um homem antes que você encontre um que realmente te faz feliz.
Se uma relação terminar porque o homem não te tratou como você merecia, "foda-se, mande pro inferno, esqueça!", vocês não podem "ser amigos".
Um amigo não destrataria outro amigo.
Não conserte.
Se você sente que ele está te enrolando, provavelmente é porque ele está mesmo.
Não continue (a relação) porque você acha que "ele vai melhorar". Você vai se chatear daqui um ano por continuar a relação quando as coisas ainda não estiverem melhores.

A única pessoa que você pode controlar em uma relação é você mesma.

Evite homens que têm um monte de filhos, e um monte de mulheres diferentes. Ele não casou com elas quando elas ficaram grávidas, então, porque ele te trataria diferente? Sempre tenha seu próprio círculo de amizade, separadamente do dele.
Coloque limites no modo como um homem te trata. Se algo te irritar, faça um escândalo.

Nunca deixe um homem saber de tudo. Mais tarde ele usará isso contra você.

Você não pode mudar o comportamento de um homem. A mudança vem de dentro.

Nunca o deixe sentir que ele é mais importante que você... Mesmo se ele tiver um maior grau de escolaridade ou um emprego melhor.
Não o torne um semideus.
Ele é um homem, nada além ou aquém disso.
Nunca deixe um homem definir quem você é.
Nunca pegue o homem de alguém emprestado... Se ele traiu alguém com você, ele te trairá.
Um homem vai te tratar do jeito que você permita que ele te trate.
Todos os homens NÃO são cachorros.
Você não deve ser a única a fazer tudo... Compromisso é uma via de mão dupla.

Você precisa de tempo para se cuidar entre as relações. Não há nada tão precioso quanto viajar.
Veja as suas questões antes de um novo relacionamento.
Você nunca deve olhar para alguém sentindo que a pessoa irá te completar... uma relação consiste em dois indivíduos completos.
Namorar é bacana. Mesmo se ele não for o esperado "Senhor Correto".
Faça-o sentir falta de você algumas vezes... Quando um homem sempre sabe que você está lá, e que você está sempre disponível para ele, ele se acha...
Nunca se mude para a casa da mãe dele.
Nunca seja cúmplice de um homem.
Não se comprometa completamente com um homem que não te dá tudo o que você precisa.
Mantenha-o em seu radar, mas conheça outros...
Compartilhe isso com outras mulheres e homens (de modo que eles saibam). Você fará alguém sorrir, outros repensarem sobre as escolhas.
O medo de ficar sozinha faz com que várias mulheres permaneçam em relações que são abusivas e lesivas.

Você deve saber que você é a melhor coisa que pode acontecer para alguém e, se um homem te destrata, é ele que vai perder uma coisa boa.

Se ele ficou atraído por você à primeira vista, saiba que ele não foi o único.

Todos eles estão te olhando, então você tem várias opções.

Faça a escolha certa."





Oprah Winfrey
[Ouvindo: Foo Fighters - Best of you]
P.S. : Essa música foi escolhida pelo "DJ" Suffle do meu Note, que aliás, serviu como uma luva para o texto

quinta-feira, 19 de abril de 2012

05 de Junho chegue logo por favor

Procurando dicas para a viagem encontrei um blog que dizia assim:

"A melhor coisa pra se fazer enquanto está solteiro é se aventurar em uma viagem, vá fazer um mochilão."

Abro o sorrisão e confirmo balançando a cabeça positivamente.

Ninguém me tira mais essa idéia da cabeça, com passagens compradas, local de hospedagem quase certo, money no bolso e muita mas, muuuuuuuuuuuuuita vontade e ansiedade pra desbravar Fortaleza e suas praias.

Com a lista de presentes pra trazer, lista de locais pra conhecer, lista de praias pra me encantar, estou contando os dias e sonhando loucamente com esse dia.

Sonho todos os dias com essa viagem, acordo querendo reviver o que aconteceu nos sonhos e na expectativa que o dia 05 de Junho chegue logo.





[Ouvindo: The Wanted - Glade you came]

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Sem mais !


" Quando eu for bem velhinha, espero receber a graça de, num dia de domingo, me sentar na poltrona da biblioteca e, bebendo um cálice de vinho do Porto, dizer a minha neta:

- Querida, venha cá. Feche a porta com cuidado sente-se aqui do meu lado.
Tenho umas coisas para te contar. E assim, dizer apontando o indicador para o alto:
 
- O nome disso não é conselho, isso se chama colaboração! Eu vivi, ensinei, aprendi, caí, levantei e cheguei a algumas conclusões. E agora, do alto dos meus 82 anos, com os ossos frágeis, a pele mole e os cabelos brancos, minha alma é o que me resta, saudável e forte.
Por isso, vou colocar mais ou menos assim:
 
- É preciso coragem para ser feliz.
Seja valente. Siga sempre o seu coração. Para onde ele for, seu sangue, suas veias e seus olhos também irão. E satisfaça seus desejos.
 
Esse é seu direito e obrigação. Entenda que o tempo é um paciente professor que irá te fazer crescer, mas a escolha entre ser uma grande menina ou uma menina grande, vai depender só de você.
.
Tenha poucos e bons amigos.
 
Tenha filhos.
 
Tenha um jardim.
 
Aproveite sua casa, mas vá a Fortaleza, Barcelona e à Austrália.
 
Cuide bem dos seus dentes.
 
Experimente, mude, corte os cabelos.
Ame para valer, mesmo que ele seja o carteiro.
Não corra o risco de envelhecer dizendo "ah, se eu tivesse feito...".
 
Tenha uma vida rica de vida.
 
Tudo é possível, e o futuro, tsc, é imprevisível.
 
Viva romances de cinema, contos de fada e casos de novela.
 
Faça sexo mas, não sinta vergonha de preferir fazer amor.
Faça sexo, mas não sinta vergonha de preferir fazer amor.
E tome sempre conta da sua reputação, ela é um bem inestimável. Porque sim, as pessoas comentam, reparam, e se você der chance, elas inventam também detalhes desnecessários.
 
Se for se casar, faça por amor. Não faça por segurança, carinho ou status.
 
A sabedoria convencional recomenda que você se case com alguém parecido com você, mas isso pode ser um saco! Prefira a recomendação da natureza, que com a justificativa de otimizar os genes da reprodução, sugere que procure alguém diferente de você. Mas para ter sucesso nessa questão, acredite no olfato e desconfie da visão. É o seu nariz quem diz a verdade quando o assunto é paixão.
 
Faça do fogão, do pente, da caneta, do papel e do armário, seus instrumentos de criação.
 
 
Leia, pinte, desenhe, escreva.
 
E, por favor, dance, dance, dance até o fim, senão por você, o faça por mim.
 
Compreenda seus pais. Eles te amam para além da sua imaginação, sempre fizeram o melhor que puderam, e sempre o farão.
 
Cultive os bons amigos. Eles são a natureza ao nosso favor e uma das formas mais raras de amor.
 
Não cultive as mágoas - porque se tem uma coisa que eu aprendi nessa vida é que um único pontinho preto num oceano branco deixa tudo cinza.
 
Era isso minha querida. Agora é a sua vez.
 
Por favor, encha mais uma vez minha taça e me conte:
 
- "Como vai você?"


Maria Sanz Martins
 
 
 
 
[Ouvindo: Snow Patrol - Chasing Cars]

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pontinho de caneta azul no dedinho

Semana passada liguei pro meu melhor amigo e o convidei para um cinema. A gente não se falava desde o ano novo, quando brigamos e tudo deu errado pro nosso lado.

De tempos em tempos sumimos e somos muito bons nisso, na última vez falamos umas coisas horríveis um pro outro, coisa de quem se conhece demais.

Ele topou o cinema, desde que fosse daqui pra frente, ficou com preguiça de conversar da briga e tal.

E fomos. Cheguei antes, comprei os ingressos. Ele chegou depois, comprou refrigerante e pipoca. Porque eu comprei os ingressos, ele comprou também uns doces e disse que daria a carona da volta.

E com meu coração tão calmo eu voltei a sentir o soninho da rede de casa com lençol que sinto ao lado dele.

A gente não se beija nem nada, mas quando fui ver pegamos na mão um do outro de tanto que se gosta e se cuida e se sabe.

Já tivemos nossos tempos de transar e passar nervoso e aquela coisa toda de quem ama prematuramente, afinal éramos adolescentes, quer dizer, iniciando fase adulta.  Mas evoluímos para esse amor que nem sei explicar.

Ele me conta das meninas, eu conto dos caras. Eu acho engraçado quando ele fala "ah, enjoei, ela era meio sem assunto" e olha pra mim com ar de saudade.

Ele também ri quando eu digo "ah, ele não entendeu nada" e olho pra ele sabendo que ele também não entende, mas pelo menos não vai embora. Ou vai, mas sempre volta.

Não temos ciúmes e nem posse porque somos pra sempre. Ainda que ele case, more na Bósnia. Somos praticamente irmãos. Somos pra sempre.

Ele conta do livro que está escrevendo, eu da viagem. Contar e sem pressa de acabar.

Se ele me corta é como se a frase que eu fosse falar fosse mesmo dele. É um exibicionismo orgânico, como se meu silêncio pudesse continuar me vendendo como uma boa pessoa.

Crescemos juntos. É isso. Ele me viu de cabelo curto, tipo chanel, loira, morena, ruiva.

Eu lembro dele na adolescência, gordinho e mais baixo.

Ele comprou meu teste de gravidez, mesmo a suspeita não sendo nossa.

Eu já fui bem bonita numa festa só porque ele queria me fazer de namorada peituda pra provocar a ex-mulher.

Conversamos muito sobre o amor.

E durante uma dessas conversas, cheguei a conclusão que a minha maior tristeza é que todo novo amor que eu arrumo vem sempre com algum velho amor tão longo e bonito.

E eu sofro porque com pouco tempo não consigo ser melhor que o muito tempo. E de sofrer assim e enlouquecer assim, nunca dou tempo de ser muito para esses amores porque estrago antes. Mas meu melhor amigo é melhor dos amores.

O único que consegui. Porque ele sempre volta. E meu coração fica calmo.
Mas, o amor que sinto é diferente. É  maior que amizade e menor que paixão. É amor de irmão - até rimou, rs-.

Sempre acabamos suspirando aliviados e nos perguntando: "alguém é bobo como eu?" e mais uma vez rimos da piada que inventamos.

E esse é meu presente dessa fase tão terrível de gente indo embora.
Quem tem que ficar, fica.

Ontem à noite ele pintou um pontinho de caneta azul no meu dedinho. Isso foi a coisa mais sexual que me aconteceu nos últimos 4 meses. Sim. Um pontinho de caneta azul no dedinho.

Meu coração disparou e meu dedão do pé direito tentou estalar mesmo com a sapatilha apertada. Um pontinho de caneta azul no dedinho.

Hoje ele me beliscou com força na bochecha. Eu devolvi a "gentileza" com um beliscão no braço.

Nos olhamos e rimos. Coisa de criança eu sei.

E sem sabermos, essa foi nossa despedida.
Ele morando atualmente em Sidney e eu aqui em Manaus.


Provavelmente não nos veremos tão cedo mas, o nosso amor fraternal é eterno.

Saudades "piu".






[Ouvindo: Foo Fighters - Times like theses]

domingo, 15 de abril de 2012

África, Europa ou América do Sul ?

O último post me lembrou que tenho que me preparar para o intercâmbio.


E lembrei também da dúvida:


- África ?
- Irlanda ?
- Argentina ?
- Perú ?








[Ouvindo: Foo Fighters - Learn to fly]

Camarão na praia

Com passagens compradas, essa sou eu me preparando para o momento mochileira que viverei em Junho em Fortaleza.

Mega ansiosa procuro por albergues, por que são mais baratos e pouparei todo o dinheiro possível para gastar com mimos pra família e pra conhecer a vida noturna de lá.

Pode parecer pouco mas, passarei uma semana em Fortaleza.

E com toda certeza, garanto que uma semana parecerá uma eternidade.

Assim foi em Belém, passei 5 dias lá.

No primeiro dia, bateu uma enorme saudade de casa, da minha cama, do meu filho Binho e mais enorme ainda, foi a saudade que senti da minha mãe.

No segundo dia, a saudade foi aos poucos sendo substituída pelo encantamento da cidade de Belém. Conheci o Ver-O-Peso, a Estação das Docas, a Casa das 11 janelas, a Igreja de Nazaré, o Forte do Presépio. Ô lugar LINDO!!!! Com os pés inchados e doloridos, voltamos pra "casa".

No terceiro dia, já saía de "casa" meio que acostumada com o vento frio e frequente no rosto numa manhã ensolarada, com os carros ultrapassando o ônibus que nos levava próximo ao local do Congresso, com a playlist que eu ouvia nesse caminho. Voltamos ao Ver-o-Peso e depois fomos ao Mangal das Graças. Lindo, lindo, lindo!!!!!

No quarto dia, habituada à cidade, saí para comprar pão sozinha, fui ao supermercado e ao Shopping Iguatemi sozinha e depois, enquanto tomava sorvete com o Wagner no município vizinho cheguei à seguinte conclusão: moraria numa boa em Belém. Ahh, e mais tarde fomos dançar forró com as outras meninas na Fazenda. =D

No quinto dia, com o clima de despedida, novamente saímos pra dançar forró, voltamos às 5 e pouco da manhã, não dormimos, nos arrumamos pra sair e conhecer as praias. Me despedindo da cidade aproveitei cada segundo do último dia. Comi camarão na praia - típico de turísta, rs -, me bronzeei, tomei muito banho de mar, e na volta pra "casa" para arrumar as malas e partir, deu um aperto no peito, saudade do que aconteceu nos dias anteriores, da cidade, das pessoas que conheci, do clima, da comida, de tudo.

E às 19:20 me despedi de Belém mas, foi uma despedida boa com gostinho de "Volto logo!!!".

Esse foi um breve resumo do que pude viver e conhecer em Belém.

Agora sigo na expectativa pra que chegue Junho, comer camarão na praia e me aventurar em Fortaleza sozinha. Sozinha não, estarei com Deus à me acompanhar e me guiar.

Contagem regressiva: 51 dias.

=D



[Ouvindo: Wanted - Glade you came ]


quinta-feira, 12 de abril de 2012

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Cansada.

Ando muito cansada, física e mentalmente.

Com pensamentos soltos, melhor dizendo, presos.

Em um lugar, em uma data, em um cheiro, em uma música, em uma pessoa...

Coração esmagado, triturado, esquecido, não sei nem como ainda pulsa no meu peito.

Os dias se arrastam, na verdade, eu me arrasto pelos dias.

Sobrevivo a cada segundo, cada minuto, cada hora, cada dia, cada mês e tem sido assim desde os últimos 4 meses.

Espero estar melhor amanhã, e depois e depois...

Enquanto isso, sigo a vida, ao menos tentando, e rezando pra ter perda de memória seletiva.



[Ouvindo: Lady Antebellum - Need you now] 


terça-feira, 10 de abril de 2012

Sabor: SAUDADE

Luiza, Leonardo, Marcela, Vithória, Mônica e eu indo para o níver da Denise no Boliche (2011)



Eu e o gêmeos: Alessandro e Alexsandro num fds da Família Almeida (2010)
 Essas são algumas fotos de algumas pessoas que me fazem falta mas, que apesar do tempo, distância e outros intempéries da vida as guardo num lugar muito especial: no coração.
Algumas destas me fizeram sorrir, sorriram comigo, me viram chorar, choraram comigo e o melhor de tudo, me viram levantar a cabeça e seguir em frente. Outras eu lembro através de cheiros, sabores, lugares, datas ...
Ando saudosista ultimamente, lembrando da minha infância, das visitas aos domingos na casa do vovô Antônio, os fins de semana que passei na casa da Tia Lúcia, das idas à Ponta Negra com meus manos, mana, papai e mamãe, das conversas durante os cafés-da-manhã na casa da Dona Vanda, das conversas malucas com a Luiza, de cair da cama toda vez que dividia a cama com a Vithória (ela se mexe muito), das noites de sábados regadas à filmes de terror com as primas, de dançar É o tchan loucamente com a Jéssica, dos banhos de chuva no pátio de casa, das noites viradas jogando Donkey Kong, Mario Bros e Star Wars com a mana, dos meus adorados alunos do Antônio Telles me chamando de "beyoncé" enfim, são tantas lembranças pra poucas fotos mas, assim que puder vou continuar a publicar fotos das pessoas e de momentos que levo no meu coração e nos pensamentos. 

[Ouvindo:  Maroon 5 - She will be loved ]




Cláudia e eu indo para o Carnaval/Bloco do Galo (2012)
Papai e eu numa festa na casa da Tia Lucimar (1991)
Gilli, Rebeca, eu e Daniel na despedida do Projeto Jovem Cidadão (2011)


Luiza, Mônica e eu na fila do cinema para assistir Alice no país das Maravilhas e comemorar o níver da Vih
Dona Vanda e Emanuel no Aeroporto (2011)
Luiza e eu no busão (2010)